Psittacus

PARA 2A. SÉRIE – 1o. NOVEMBRO

Aluno(a) ……………………………………………… ………………………………..  No. ….. 2ª. Série ………

EXERCÍCIOS COM INFERÊNCIAS

Com gemas preciosas para financiá-lo, nosso herói desafiou bravamente os risos escarninhos que tentavam dissuadi-lo de seus planos. “Vossos olhos vos enganam”, retrucou, “um ovo e não uma mesa tipifica este planeta inexplorado!” E então três irmãs valentes se lançam em busca de provas. Desbravando caminhos, algumas vezes através de vastidões tranquilas, mais amiúde em meio a picos e vales turbulentos, os dias tornam-se semanas – tantas quantas os vacilantes que espalhavam rumores a respeito do horizonte. Finalmente, não se sabe de onde, criaturas aladas e bem-vindas apareceram, anunciando um sucesso momentâneo.

( In Texto e leitor, de Angela Kleimman, Ed. Pontes/Unicamp.)

  • Quem nosso herói desafiou?

  • O que tipifica este planeta inexplorado?

  • O que fazem as três irmãs?

  • Quem anunciou um sucesso momentâneo?

  • Quem é o “nosso herói”?

  • Qual é “este planeta inexplorado” do qual o texto fala?

O menino e o arco-íris

Era uma vez um menino curioso e entediado. Começou assustando-se com as cadeiras, as mesas e os demais objetos domésticos. Apalpava-os, mordia-os e jogava-os no chão: esperava certamente uma resposta que os objetos não lhe davam. Descobriu alguns objetos mais interessantes que os sapatos: os copos – estes, quando atirados ao chão, quebravam-se. Já era alguma coisa, pelo menos não permaneciam os mesmos depois da ação. Mas logo o menino (que era profundamente entediado) cansou-se dos copos: no fim de tudo era vidro e só vidro.

Mais tarde pôde passar para o quintal e descobriu as galinhas e as plantas. Já eram mais interessantes, sobretudo as galinhas, que falavam uma língua incompreensível e bicavam a terra. Conheceu o peru, a galinha d´Angola e o pavão. Mas logo se acostumou a todos eles, e continuou entediado como sempre.

Não pensava, não indagava com palavras, mas explorava sem cessar a realidade.

Quando pôde sair à rua, teve novas esperanças: um dia escapou e percorreu o maior espaço possível, ruas, praças, largos onde meninos jogavam futebol, viu igrejas, automóveis e um trator que modificava um terreno. Perdeu-se. Fugiu outra vez para ver o trator trabalhando. Mas eis que o trabalho do trator deu na banalidade: canteiros para flores convencionais, um coreto etc. E o menino cansou-se da rua, voltou para o seu quintal.

O tédio levou o menino aos jogos de azar, aos banhos de mar e às viagens para a outra margem do rio. A margem de lá era igual à de cá. O menino cresceu e, no amor como no cinema, não encontrou o que procurava. Um dia, passando por um córrego, viu que as águas eram coloridas. Desceu pela margem, examinou: eram coloridas!

Desde então, todos os dias dava um jeito de ir ver as cores do córrego. Mas quando alguém lhe disse que o colorido das águas provinha de uma lavanderia próxima, começou a gritar que não, que as águas vinham do arco-íris. Foi recolhido ao manicômio.

E daí?

(GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris. São Paulo: Ática, 2001. p. 5)

 1.“Mas logo se acostumou a todos eles”. O termo em destaque refere-se no texto a

(A) animais no quintal.

(B) cadeiras e mesas.

(C) sapatos e copos.

(D) jogos de azar.

  1. Pode-se concluir que o tema do texto é

(A) a curiosidade.

(B) a insatisfação.

(C) a natureza.

(D) a saudade.

  1. De acordo com o texto, o menino procurava, desde criança, por

(A) alguma coisa surpreendente.

 (B) galinhas e plantas interessantes.

(C) um arco-íris.

(D) banhos de mar.

  1. “E daí?” A frase final do texto demonstra que a opinião do narrador sobre o destino do menino é de

(A) pena e desespero.

 (B) simpatia e aprovação.

(C) indiferença e conformismo.

 (D) esperança e simpatia.

  1. “Desceu pela margem, examinou: eram coloridas!” No trecho, os sinais de pontuação empregados assinalam

(A) o tédio do menino.

(B) a surpresa do menino.

(C) a dúvida do narrador.

(D) o comentário do narrador.