TAREFA 19 – 2A. SÉRIE – NOVEMBRO
Aluno(a) ……………………………………………………………………………….. No ……… 2a. série ….
TAREFA 19
INTERPRETAÇÃO IMAGÉTICA
O Colosso (O Pânico) é mais uma das obras enigmáticas de Goya, onde predominam as cores escuras. Na época, a Espanha havia sido invadida pelo exército francês de Napoleão Bonaparte. Por outro lado, o pintor era acusado de ser “afrancesado”. Portanto, o quadro é fruto de momentos muito difíceis na vida do artista.
A figura central da obra é o gigante nu, de punhos cerrados e rosto semioculto, em meio a um céu tempestuoso, e que parece atravessar as montanhas, de costas para as pessoas e os animais, que se encontram no vale. O tamanho diminuto dos demais personagens contrapõe-se com o tamanho colossal do estranho ser.
Pessoas e animais são vistos em louca correria, nas mais diferentes direções, num salve-se quem puder, ou pernas para que as quero. O pânico é generalizado, ou melhor, quase, pois um jumentinho branco, com arreios, no canto inferior da composição, permanece quieto, como se nada estivesse acontecendo.
Existem muitas teorias criadas na tentativa de decifrar esta composição. Em algumas, o jumento branco seria o rei, noutras seria o povo, que nunca percebe o que está acontecendo.
Eu fico cá pensando com os meus botões, se o pintor não representou Napoleão Bonaparte, que andava abocanhando tudo, na figura do gigante, sendo o asno parado o medíocre Fernando VII?
02- Procure em sua enciclopédia a figura original do Abapuru. Tendo-a como referencial, faça um comentário sobre
o quadro acima:
Abaporu é uma clássica pintura do modernismo brasileiro, da artista Tarsila do Amaral. O nome da obra é de origem tupi-guarani que significa “homem que come gente” (canibal ou antropófago), uma junção dos termos aba (homem), pora (gente) e ú (comer).
A tela foi pintada por Tarsila em 1928 e oferecida ao seu marido, o escritor Oswald de Andrade. Os elementos que constam da tela, especialmente a inusitada figura, despertaram em Oswald a ideia de criação do Movimento Antropofágico. O Movimento consistia na deglutição da cultura estrangeira, incorporando-a na realidade brasileira para dar origem a uma nova cultura transformada, moderna e representativa da nossa cultura.
O tom azulado da imagem, pelo fato de a obra pertencer a fase azul, deixa-a mais melancólica, nos trazendo a sensação de solidão, reflexão, como se o velho estivesse sozinho em uma noite tocando o seu violão e apenas apreciando o som como uma forma de relaxar/descansar.
Na verdade, podem ser feitas várias interpretações da imagem de acordo com o nosso humor.E este é um dos motivos pelos quais a obra me chamou a atenção,pois ela pode despertar em várias pessoas uma sensação de que já viveram este momento representado,como se fizéssemos parte da pintura, como se estivéssemos ali.
Só para o caso de informações: dizem que o guitarrista cego é uma visão que Picasso faz de si mesmo e que a posição do mendigo inclinada para frente é como se ele, Picasso, estivesse à procura de inspiração para sua arte.
A obra ‘O velho guitarrista’ de Pablo Picasso foi feita em 1903.A mesma mede de altura 121,3 cm x 82,5 cm de largura e encontra-se no Instituto de Arte de Chicago.
SANZIO, R. (1483-1520) – A mulher com o unicórnio.
LXXVIII (Camões, 1525?-1580)
Leda serenidade deleitosa,
Que representa em terra um paraíso;
Entre rubis e perlas doce riso;
Debaixo de ouro e neve cor-de-rosa;
Presença moderada e graciosa,
Onde ensinando estão despejo e siso
Que se pode por arte e por aviso,
Como por natureza, ser fermosa;
Fala de quem a morte e a vida pende,
Rara, suave; enfi m, Senhora, vossa;
Repouso nela alegre e comedido:
Estas as armas são com que me rende
E me cativa Amor; mas não que possa
Despojar-me da glória de rendido.
(CAMÕES, L. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008)
05- Questão: A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas linguagens artísticas diferentes, participaram
do mesmo contexto social e cultural de produção pelo fato de ambos:
A) apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos usados no poema.
B) valorizarem o excesso de enfeites na apresentação pessoal e na variação de atitudes da mulher, evidenciadas pelos
adjetivos do poema.
C) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela sobriedade e o equilíbrio, evidenciados pela postura, expressão
e vestimenta da moça e os adjetivos usados no poema.
D) desprezarem o conceito medieval da idealização da mulher como base da produção artística, evidenciado pelos adjetivos
usados no poema.
E) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela emotividade e o conflito interior, evidenciados pela expressão
da moça e pelos adjetivos do poema.